quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Resumo da epidemia de AIDS no Brasil

O Brasil foi um dos primeiros países, dentre os de baixa e média renda a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com AIDS – em 1996 pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Enquanto isso, a maioria desses países aguardava financiamento internacional para suas respostas.
O Brasil adotou em 2013 novas estratégias para frear a epidemia de AIDS, oferecendo tratamento a todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente de seu estado imunológico (contagem de CD4). Além disso, o país vem simplificando e descentralizando o tratamento antirretroviral; aumentando a cobertura de testagem para  HIV em populações-chave, entre outras iniciativas.
O Brasil hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de baixa e média renda, com mais da metade (64%) das pessoas vivendo com HIV recebendo TARV – segundo os dados mais atuais do Ministério da Saúde – , enquanto a média global em 2015 foi de 46% – segundo dados compilados pelo UNAIDS.
O gráfico abaixo mostra a cascata de cuidado contínuo no Brasil. Ela estabelece a linha de base e permite avaliar o progresso brasileiro rumo às metas de tratamento 90-90-90, estabelecidas pelo UNAIDS – que até 2020: 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; destas, que 90% estejam em tratamento; e que, das pessoas em tratamento, 90% apresentem carga viral indetectável). Essas metas fazem parte da estratégia de Aceleração da Resposta para o fim da epidemia de AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.
Na cascata brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde, observa-se que do total de pessoas vivendo com HIV, 87% já foram diagnosticadas. Deste número, 64% estão em tratamento para o HIV. Das pessoas em tratamento, cerca de 90% apresentam carga viral indetectável.


Em relação ao total de pessoas estimadas vivendo com HIV, também segundo o Ministério da Saúde, 87% estão diagnosticadas, 55% do total estão em tratamento e 50% de todas as pessoas estimadas vivendo com HIV estão com carga viral suprimida – os dados são de 2015.

Em relação ao total de pessoas estimadas vivendo com HIV, também segundo o Ministério da Saúde, 87% estão diagnosticadas, 55% do total estão em tratamento e 50% de todas as pessoas estimadas vivendo com HIV estão com carga viral suprimida – os dados são de 2015.

Transmissão do HIV de mãe para filho (transmissão vertical)
No Brasil, a taxa de detecção de aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador proxy para monitoramento da transmissão vertical do HIV.
Nos últimos seis anos, houve uma queda de 36% nos casos de HIV/aids em menores de 5, o que indica indica diminuição na transmissão da mãe para o filho.

Epidemia entre jovens
De acordo com dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o crescimento de AIDS na juventude (15 a 24 anos) continua sendo uma preocupação importante e as ações nesse segmento tem de ser intensificadas.
De 2006 a 2015 a taxa de detecção de casos de AIDS entre jovens do sexo masculino com 15 a 19 anos quase que triplicou (de 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes) e entre os jovens de 20 a 24 anos, a taxa mais do que dobrou (de 15,9 para 33,1 casos por 100 mil habitantes).
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 Epidemia entre populações-chave
Algumas populações são mais afetadas que outras. Enquanto as estimativas mostram que  0,39% da população geral esteja vivendo com HIV no Brasil – dado referente ao Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2015 -, entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), essa prevalência  cresce para 10,5% – segundo os últimos dados reportados pelo Brasil e como mostra o gráfico abaixo.
Ainda segundo dados do Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2016, existe uma tendência de aumento na proporção de casos de AIDS em homens que fazem sexo com homens (HSH) nos últimos dez anos, a qual passou de 35,3% em 2006 para 45,4% em 2015. Outras populações afetadas no Brasil são as pessoas que usam drogas e profissionais do sexo.
Taxas de prevalência de AIDS em populações-chave. Brasil, 2009 – 2013








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