quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Estatísticas

Em junho de 2016, no mundo todo cerca de 18,2 milhões [16,1 milhões-19,0 milhões] de pessoas tiveram acesso ao tratamento antirretroviral, incluindo 910.000 crianças, o dobro do número registrado cinco anos atrás.
O relatório Get on the Fast-Track: the life-cycle approach to HIV (traduzido livremente para Entre na via rápida: acelerando a resposta ao HIV com enfoque na abordagem do ciclo de vida) mostra que o impacto do tratamento no aumento da expectativa de vida está funcionando. Em 2015, havia mais pessoas acima de 50 anos vivendo com HIV do que nunca: 5,8 milhões.


documentocom enfoque na abordagem do ciclo de vida, descreve que um grande número de pessoas em maior risco de infecção pelo HIV e pessoas que vivem em áreas com alta incidência estão ficando sem acesso aos serviços de HIV em momentos críticos de suas vidas, abrindo a porta para novas infecções pelo vírus e aumentando o risco de morte por doenças relacionadas à AIDS.


  • Número de pessoas vivendo com HIV no mundo:
    • Adultos: 34,9 milhões [32,4 milhões-37,9 milhões]
    • Mulheres: 17,8 milhões [16,4 milhões-19,4 milhões]
    • Crianças: (<15 anos) 1,8 milhão [1,5 milhão-2,0 milhões]
    • Total: 36,7 milhões [34,0 milhões-39,8 milhões]
  • Número de novas infecções por HIV
    • Adultos: 1,9 milhão [1,7 milhão-2,2 milhões]
    • Crianças (<15 anos): 150.000 [110.000-190.000]
    • Total: 2,1 milhões [1,8 milhão-2,4 milhões]
  • Mortes relacionadas à AIDS
    • Adultos: 1,0 milhão [840.000-1,2 milhão]
    • Crianças (<15 anos): 110.000 [84.000-130.000]
    • Total: 1,1 milhão [940.000-1,3 milhão]
  • Número de pessoas em tratamento para o HIV
    • Total: *18,2 milhões [16,1 milhões-19,0 milhões]
(dado de junho de 2016)
Transmissão do HIV de mãe para filho (transmissão vertical)
Os riscos de infecção enfrentados pelo feto de uma mãe vivendo com HIV são minimizados quando os diagnósticos disponíveis e medicamentos antirretrovirais são utilizados no tempo correto.
Globalmente, o acesso a medicamentos contra o HIV para prevenir a transmissão do vírus de mãe para filho aumentou para 77% em 2015 (acima dos 50% registrados em 2010). Como resultado, as novas infecções por HIV entre crianças diminuíram 51% desde 2010.


 Epidemia entre jovens
Os riscos de HIV entre adolescentes e jovens são maiores quando a transição de idade ocorre em ambientes desafiadores, com acesso insuficiente a alimentos, educação e moradia e com altas taxas de violência. Percepções de baixo risco de infecção, uso insuficiente do preservativo e baixas taxas de testagem de HIV persistem entre os jovens.
Dados epidemiológicos do UNAIDS de 25 países mostra que o número total de pessoas com idades entre 15-19 anos vivendo com HIV nestes países cresceu de aproximadamente 800.000 em 2005 para 940.000 em 2015.
As medidas de proteção social e a inserção de adolescentes e jovens no ambiente escolar e no mercado de trabalho diminuem a vulnerabilidade para o HIV. As escolas representam o espaço mais conveniente para a educação sexual abrangente, que fornece aos adolescentes e jovens o conhecimento e as habilidades necessárias para fazer escolhas conscientes, saudáveis ​​e respeitosas sobre relacionamentos e sexualidade.
A agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável tem o objetivo de melhorar as oportunidades para jovens através de maior acesso a educação de qualidade, serviços de saúde e oportunidades de emprego, e através da igualdade de gênero e empoderamento de meninas e mulheres. O empoderamento de jovens é um componente fundamental da resposta à AIDS.
Das 5.700 novas infecções por HIV em 2015, 35% ocorreram entre jovens de 15 a 24 anos
Epidemia entre populações-chave
Os membros das populações-chave, incluindo profissionais do sexo, pessoas que injetam drogas, pessoas trans, pessoas privadas de liberdade e gays e outros homens que fazem sexo com homens, e seus parceiros sexuais representaram 45% de todas as novas infecções por HIV em 2015.
O relatório alerta que novas infecções por HIV continuam a aumentar entre as pessoas que usam drogas injetáveis (cerca de 36% de 2010 a 2015) e entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens (cerca de 12% de 2010 a 2015). Além disso, as novas infecções tampouco estão declinando entre profissionais do sexo ou pessoas trans.
A criminalização e a estigmatização das relações homossexuais, do trabalho sexual e da posse e utilização de drogas e a discriminação, incluindo no setor da saúde, impedem que populações-chave acessem os serviços de prevenção ao HIV. Apoio governamental eficaz e programas de prevenção e tratamento de base comunitária implementados que fornecem serviços personalizados para cada grupo são atualmente muito escassos e muito pequenos para gerar em uma redução significativa em novas infecções.
O relatório publicado em dezembro de 2016 descreve a necessidade crítica de alcançar as populações-chave com programas de prevenção e tratamento do HIV que atendam suas necessidades específicas ao longo de suas vidas; no entanto, os níveis totais de financiamento estão muito abaixo do necessário para que os programas de HIV cheguem às essas populações, particularmente o financiamento vindo de fontes domésticas.


Epidemia entre mulheres
Durante a adolescência, o risco de HIV é consideravelmente maior entre meninas, especialmente em arranjos de alta prevalência como a África oriental e austral. Medidas de proteção social e manter adolescentes na escola reduz os riscos para o HIV. Escolas são o veículo mais conveniente para a educação sexual abrangente, que fornece aos adolescentes e jovens conhecimentos e habilidades necessárias para fazer escolhas conscientes, saudáveis e respeitosas sobre relacionamentos e sexualidade.
Novos dados da África do Sul revelam um ciclo vicioso de infecção pelo HIV entre pessoas mais jovens e mais velhas que pode estar em jogo em muitas configurações de alta prevalência: jovens mulheres estão contraindo HIV de homens adultos – na medida em que as mulheres ficam mais velhas, elas tendem a transmitir o HIV para homens adultos, e o ciclo se repete. Dados de outros estudos sugerem que desigualdades de gênero e masculinidades nocivas sustentam esse ciclo. Baixo acesso à educação, baixos níveis de independência econômica e violência nas relações íntimas corroem a habilidade de jovens mulheres de negociar sexo seguro e manter o controle dos seus corpos.
Novas infecções entre mulheres de 15-24 anos caíram apenas 6% entre 2010 e 2015, enquanto a taxa de novas infecções por HIV entre homens e mulheres de 25-49 anos está essencialmente estável.

Veja como estamos globalmente em relação às metas traçadas pelo UNAIDS até 2020:


Dados do UNAIDS sobre a epidemia de AIDS no Brasil
Veja abaixo as principais informações sobre o HIV no Brasil contidas no relatório mais recente do UNAIDS –  Lacunas na Prevenção – lançado em julho de 2016.
Por ser o país mais populoso da América Latina, o Brasil é também o que mais concentra casos de novas infecções por HIV na região. O país responde por 40% das novas infecções – segundo estimativas mais recentes do UNAIDS -, enquanto Argentina, Venezuela, Colômbia, Cuba, Guatemala, México e Peru respondem por outros 41% desses casos.
Estimativas sobre HIV e AIDS para o Brasil (2015)
  • Em 2015, havia 830.000 [610.000 – 1.100.000] pessoas vivendo com HIV;
  • Em 2015, estima-se que tenham ocorrido 44.000 [32.000 – 59.000] novas infecções pelo HIV;
  • O número de mortes relacionadas à AIDS no Brasil foi estimada pelo UNAIDS em 15.000 [11.000 – 21.000] em 2015.
  • O dado mais recente sobre prevalência de HIV estimada para o Brasil em relatórios do UNAIDS é de 0,4% a 0,7% em pessoas de 15 a 49 anos – em 2014.



Nenhum comentário:

Postar um comentário